Uma Bela Vida, filme francês que chega ao Brasil pelo Filmes do Estação, usa o tema da morte como ponto de partida para refletir sobre a vida.
Na história, acompanhamos um filósofo que, após descobrir uma mancha em um exame de rotina, tem sua vida transformada ao cruzar o caminho de um médico especializado em cuidados paliativos. Juntos, eles conhecem pacientes em seus últimos momentos e aprendem com suas histórias.
Uma obra repleta de Reflexões
A morte é inevitável, e ainda assim, o fascínio pelo que acontece depois dela — ou pelo modo como serão os últimos dias — continua a atiçar a curiosidade humana. Na prática, temos medo de enfrentar a perda, seja de um familiar ou da nossa própria existência. Talvez por isso Uma Bela Vida seja um filme tão tocante. A obra utiliza dois personagens principais — um reflexivo e questionador, o outro sério e otimista — para confrontar histórias distintas de pessoas que encaram esse momento final de maneira única. Vemos desde aqueles que se sentem em paz com sua condição até os que se entregam à fé em busca de conforto e salvação.
A qualidade técnica do filme se torna ainda mais impactante devido ao tom otimista com que a narrativa é conduzida. Embora trate da morte, o longa provoca reflexões que permanecem com o espectador mesmo após o fim da história: estou aproveitando minha vida? Sou uma pessoa feliz?
Costa-Gavras, que assina o roteiro e a direção, domina a construção atmosférica da obra. Utiliza músicas apenas em momentos cruciais, amplificando a emoção sem exagero. Os cenários hospitalares são explorados ao máximo, revelando beleza na simplicidade. E mesmo em cenas externas ou em outros ambientes, o filme mantém seu tom otimista — ainda que as imagens pareçam sugerir o contrário.
Outro ponto de destaque é a crítica à forma como diferentes culturas lidam com a morte: enquanto algumas valorizam o compartilhamento de experiências nesse momento, outras isolam aqueles que estão em seus últimos dias.
Veja as principais ofertas da Amazon aqui
Conclusão
Uma Bela Vida, como sugere o título em português, é uma jornada sensível sobre a importância de viver com profundidade. Um filme marcante que continua crescendo após os créditos, quando percebemos as inúmeras mensagens que ele se propõe a transmitir