Introdução a Um Completo Desconhecido
Bob Dylan é considerado um dos ícones da música norte-americana. Seus sucessos já foram tema de inúmeros filmes, e agora, sua própria história se torna um filme em “Um Completo Desconhecido”.
Oito prêmios Oscar indicaram o amplamente elogiado filme, que agora chega às terras brasileiras
Acompanhamos Bob Dylan em sua busca pelo sonho de viver de música, enfrentando desilusões com o sucesso e os empecilhos da sociedade americana da época.
A história do músico se intercala com os acontecimentos da época, assim como exemplifica visualmente os desafios de um artista que, insatisfeito, enfrenta impedimentos para mudar sua arte devido à pressão comercial.
Direção e Narrativa Visual
Talvez o maior mérito deste filme dirigido por James Mangold (que também dirigiu o filme “Logan” de 2017) seja como ele mistura formas narrativas, não se prendendo somente a falas e diálogos para compor sua narrativa. A fotografia e, em suma, as sombras possuem a função de mostrar a evolução de Dylan com a indústria em que ele está inserido, da mesma forma que seu descontentamento por estar de certa forma realizando seu sonho, mas não da forma que ele tinha imaginado.
No entanto, mesmo com os deslumbres, “Um Completo Desconhecido” falha na montagem, ignorando e não introduzindo personagens importantes ao tentar abordar vários recortes da vida do protagonista.
Além disso, as passagens de tempo ocorrem, o espectador demora a entender que um, dois ou até mesmo um ano se passou, exceto quando coloca a data em tela.
Conclusão
“Um Completo Desconhecido” é uma aula de cinema na sua forma de conduzir a história. Apesar de equívocos, é um filme divertido com méritos e músicas emblemáticas, despertando memórias de quem viveu o período ou é fã de Bob Dylan.
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