Introdução Terremoto em Lisboa
Com lançamento nacional pela Filmes do Estação, Terremoto em Lisboa, de Rita Nunes, apresenta um drama baseado na possibilidade de uma catástrofe sísmica em Portugal.
O dilema ético dos cientistas
Acompanhamos um grupo de cientistas questionando sobre seu dever ético quando surge a possibilidade de um terremoto atingir Lisboa e causar inúmeras mortes. Somente com a hipótese e sem a certeza do fato, os cientistas discutem se vale a pena arriscar gerar um tumulto ou não.
Fortemente inspirado pela tragédia de Lisboa de 1755, o filme busca na história uma forma de contextualizar eventos de um futuro próximo, auxiliando o espectador a não apenas desenvolver empatia com os personagens, mas também compreender a responsabilidade que tal decisão pode acarretar para a vida das pessoas.
–Jessica Jones voltou para a Marvel
O desafio dos filmes de desastres
Filmes de desastres apresentam um desafio que outros gêneros não enfrentam: nestes filmes, o “vilão” da história é uma força da natureza impossível de ser controlada. Assim, o conflito exige mais preparação do que em outros filmes, pois as relações entre os personagens tornam-se ainda mais importantes, não apenas para criar conexão com o público, mas também para ocupar espaço de tela.
Esse problema, característico do gênero, acaba por ser um ponto crucial deste filme, que, na tentativa de causar tensão, não consegue tornar as relações entre os personagens interessantes o suficiente para sustentar o tempo em cena, tornando-se, em alguns momentos, mais cansativo do que o esperado. Todavia, vale ressaltar que isso não é um demérito deste filme, mas sim uma particularidade do gênero no qual ele se insere.
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Conclusão
Quanto à parte técnica, o filme consegue entregar um drama e um suspense adequados. Apesar de não trazer grandes inovações, o filme envolve o espectador, despertando emoções intensas que levam a um desfecho em aberto. Esta conclusão pode não ser satisfatória para todos.
Terremoto em Lisboa é um exemplo de que existem filmes e histórias interessantes fora dos Estados Unidos, uma prova de que o cinema está vivo em várias partes do mundo e clama por reconhecimento, ainda que, para isso, precise exibir legendas em português em uma sessão no Brasil. Viva o cinema, viva o cinema nacional e viva o cinema português!