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Superman (2025) | Crítica

Olhe para cima! O Superman de James Gunn finalmente estreou no cinema, prometendo uma aventura divertida e uma pitada de nostalgia para agradar os fãs e, ao mesmo tempo, iniciar o novo universo da DC no cinema. Mas será que consegue?

Um Superman já conhecido, mas em conflito com seu lugar no mundo

Após sua primeira derrota, Superman enfrenta um complô internacional liderado por Lex Luthor que ameaça sua vida, sua reputação e o equilíbrio global.

Adaptar um herói quase centenário como Superman é desafiador: exige agradar fãs diversos e respeitar o imaginário coletivo construído ao longo das décadas.

Ao mesmo tempo, é preciso inovar com cuidado, equilibrando nostalgia e renovação para criar uma narrativa atual, sem parecer datada ou desrespeitosa ao legado.

Um exemplo de uma tentativa que não conseguiu cumprir tais requisitos foi Superman: O Retorno (2006); felizmente, James Gunn não comete esse erro.

Shadow force – sentença de morte é a prova de que bons atores também erram – vale a pena?

O principal acerto deste filme é a premissa de que o mundo já conhece o Superman. Ele já é um símbolo consolidado quando o filme se inicia. A partir deste momento, o longa se desenrola em mostrar como seria um mundo com um ser tão poderoso como seu guardião. Aspectos políticos e sociais são apresentados enquanto a história mostra um herói em conflito com suas origens — ele se questiona quem ele é para este mundo. Para unir essas camadas, David Corenswet, que interpreta o personagem-título, usa técnicas de voz e de gestual, conseguindo separar seu Clark Kent do seu Superman. A expressividade de seu rosto, mesmo que de forma sutil, consegue transparecer seus sentimentos e pensamentos mais profundos.

Vilões, coadjuvantes e os tropeços do roteiro

Mas se Corenswet consegue criar um herói digno, nada seria se seu vilão, Lex Luthor, fosse mal aproveitado. Nicholas Hoult consegue entregar um antagonista movido pela raiva e pela inveja, e que, com sua simples presença, consegue ser tanto o executivo canastrão quanto o mais diabólico dos homens na Terra.

Apesar de tudo, nem tudo são flores para esta versão do Homem de Aço. O excesso de personagens faz com que, em momentos, esqueçamos que se trata de um filme do Superman e acreditemos que estamos assistindo a algum episódio de Superamigos ou mesmo Liga da Justiça Sem Limites. Mecanismos de roteiro são usados em demasia para avançar a história — desde personagens que não possuem ligação aparente serem conhecidos de longa data, até aparentes piadas demonstrarem ser cruciais para a solução de conflitos. Exemplo fundamental disso é uma cena em que, após descobrir os planos do vilão, Lois Lane (Rachel Brosnahan) e Jimmy Olsen (Skyler Gisondo) reúnem os membros do Planeta Diário para publicar seu artigo. Uma equipe de cinco pessoas é formada, mas verdadeiramente somente ela e Jimmy trabalham. Isso obriga o filme a tentar criar uma justificativa, mas a mesma não convence.

No quesito técnico, o filme é misto. As cenas de computação gráfica estão bem feitas ao ponto de chamar a atenção, e a fotografia e composição das cenas se assemelham, em muitos momentos, a ilustrações retiradas dos quadrinhos. Já as músicas, retirando o clássico tema do John Williams e suas reinterpretações, não conseguem chamar tanta atenção para ganhar destaque em tela.

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Conclusão

Superman, de James Gunn, é certamente um filme divertido, com boas cenas de luta e um espetáculo visual e midiático. Todavia, será possível vê-lo sem o comparar com outras versões do herói, principalmente as versões sombrias de Zack Snyder? Apesar de tudo, este é um Superman para o público de sua época, que tenta respeitar o passado enquanto cria um novo mundo — um herói vivo e colorido com uma alma dos anos 1960.

Hugo Montaldi

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