Nelson Sato, CEO da Sato Company, relembrou com carinho as quatro décadas de sucesso do mangá (lançado em 14 de setembro de 1984) e que se tornou o anime AKIRA, relembrando a história do lançamento no Brasil no Unlock da CCXP 24.
“Quando conheci AKIRA, uma super produção do Japão, me encantei com o que vi e resolvi comprar os direitos para cinema. Meu 1º filme para este mercado. Feliz, ao retornar ao Brasil, iniciei o “pitching” deste projeto, conversando com todos exibidores de cinema na época e recebi somente NÃO….”, e relembrou sobre a estratégia de lançamento do anime que fez um público de 250 mil espectadores na época.
Sato também destacou que, tanto no passado, como hoje, é fundamental a parceria entre os distribuidores independentes e os exibidores, apontando que o modelo de roadshow, como usado em AKIRA, é uma possibilidade para o crescimento das bilheterias.
“É uma coisa achar que o filme chega no cinema e vai fazer sucesso, não faz. Não faz, porque um filme americano é preparado durante 3 ou 4 anos. Você lançar um filme e achar que ele vai ocorrer em uma semana, não pode. Vamos buscar um padrão que existia nas décadas de 50 e 60, que era lançar em uma única sala. Por exemplo, A Noviça Rebelde, ficou um ano e meio em cartaz, no cinema Palácio, no Rio de Janeiro. Só lá , são milhões de espectadores em uma sala. Vamos trabalhar assim, vamos fazer o público descobrir o filme e vamos deixar o boca a boca. Não existe nada melhor do que as pessoas falando para as outras que eu viram o filme, e que é muito legal” reafirmou.
Sato também deu um spoiler do que está para vir em 2025: o GHIBLI FEST, um evento que exibirá em salas de cinema de diversas cidades do país 22 produções do famoso estúdio japonês. Clássicos como Meu Amigo Totoro, A Viagem de Chihiro e sucessos recentes, como O Menino E A Garça, já estão confirmados para o evento.
“A experiência de assistir numa tela grande dentro do cinema é outra. Por mais que tenha no streaming, a magia do cinema é única