O filme documental “Picasso: Um Rebelde em Paris” explora as inspirações e a história do mestre da arte, prometendo revelar suas ambiguidades políticas e sociais com a cidade francesa.
Na trama, a direção apresenta a arte de Picasso, sua origem na Espanha e mostra como sua vida de imigrante na França contribuiu para criar o nome e o mito que ele se tornou
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Personalidade e abordagem
Ao longo do filme, a direção revela sua personalidade, retratada como controladora e possessiva, além de egocêntrica e artística. A direção utiliza as obras, em especial seus quadros, para complementar as reflexões apresentadas nas entrevistas que percorrem o longa
Um ponto interessante nestas entrevistas é que elas são separadas de modo a criticar e também a elogiar o artista, dando dois lados da história e, principalmente, contribuindo para uma maior reflexão, mesmo que, no final, as partes negativas se sobressaiam. Outro ponto crucial do longa é a sua beleza estética: a direção emprega imagens, sobretudo de Paris e das obras, para criar um ar contemplativo que enriquece a experiência do espectador.
Apesar de tudo, “Picasso: Um Rebelde em Paris” peca em sua narrativa, tornando, sobretudo o meio do filme, quando a história se desvia a fim de apresentar as influências do artista na atualidade, torna o longa cansativo para o espectador, principalmente para aqueles que não estão familiarizados com a arte documental.
Conclusão
Em resumo, a obra apresenta um bom recorte histórico e cumpre seu papel tanto como homenagem quanto como crítica. Da mesma forma que a arte de Picasso é conhecida por sua dualidade, um filme que narra esta história não seria justo se ele também não fosse dúbio.