Ingrid Guimarães volta ao cinema em “Perrengue Fashion”. O filme promete discutir questões ligadas à futilidade e ao vício tecnológico, mas será que consegue?
Na história, uma mãe aspirante a celebridade da internet consegue sua grande oportunidade, mas para isso ela precisa se conectar com seu filho que busca uma vida fora dos holofotes e fora das redes sociais.
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Análise e Conteúdo
A discussão dos limites da moda, sua superficialidade ou mesmo os dilemas da internet não são novidade do cinema. Sendo assim, realizadores que desejam explorar tais temas precisam buscar formas originais de se contar estas histórias. “Perrengue Fashion”, por sua vez, não busca esta originalidade, na verdade, aposta em trazer para o cotidiano tais discussões. O filme é, sobretudo, um filme de conexão: uma mãe que não entende as escolhas de seu filho e que, ao invés de tentar se relacionar, acaba por afastá-lo ainda mais. Por outro lado, temos um filho que, na certeza de que seu novo estilo de vida é o correto, ignora o passado e mesmo o histórico de sua família. Aqui o grande diferencial não é a história em si, mas como ela é contada.
Talvez o ponto mais fraco da obra seja justamente seu humor. Mesmo sendo um filme de comédia, suas melhores cenas e sacadas se desenvolvem principalmente na relação mãe e filho e em como ambos aprendem a respeitar a visão diversa um do outro.
Conclusão
Apesar de não trazer nada verdadeiramente novo, o longa protagonizado por Ingrid Guimarães é certeiro em encantar o público a que ele se propõe. A trama, recheada de piadas focadas no público feminino, consegue criar correlações entre o espectador e os personagens enquanto apresenta cenários belos, figurinos luxuosos e um trabalho artístico impecável.
“Perrengue Fashion” é o típico filme pensado para um público específico, mas que consegue divertir até mesmo aqueles que não estão neste público. Uma obra que encanta e diverte e que certamente terá sua sobrevida nas telas da televisão.
