O novo filme com Carolina Dieckmann é um olhar sensível sobre mudanças e amadurecimento e é distribuído pela Filmes do Estação.
Na História: Após ser abandonada pelo marido, uma mãe precisa superar a situação e ainda cuidar de seus dois filhos em meio a uma cidade nova e desconhecida.
“As Vitrines”: A Ditadura de Pinochet Vista pelos Olhos de Duas Crianças.
Ritmo e Atuação
O longa, inspirado na história da mãe da diretora Anne Pinheiro Guimarães, usa do tempo e de um ritmo lento como forma de fazer o espectador refletir sobre temas e acontecimentos, evoluindo seu pensamento conforme os personagens da trama também evoluem.
Carolina Dieckmann apresenta uma mulher que está cansada e, ao mesmo tempo, sem esperança, mas que não quer transparecer isso para seus filhos. A mistura de sentimentos é visivelmente entendida, o que enriquece a experiência e ressalta o grande trabalho da atriz.
Desafios de Época
No entanto, se as interpretações são o ponto alto do filme, a ambientação de época torna-se um problema, principalmente com o excesso de truques. Por exemplo, o desfoque de imagem é usado para esconder carros e cenários atuais presentes em Brasília, que não deveriam existir na época do filme. Estes truques, uma vez percebidos pelo espectador, diminuem a experiência de imersão do longa. Porém, é algo compreensível, vistos os limites orçamentários que os filmes brasileiros precisam lidar.
“Pequenas Criaturas” certamente não é um filme para todos. É um filme lento e emocional, cheio de reflexões e interpretações. Mesmo com cenas divertidas e memoráveis, é um longa fortemente indicado para pessoas que buscam refletir sobre a vida ou mesmo apreciar uma boa obra de arte.
