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Os Sapos | crítica

1. Enredo e Estrutura Narrativa de Os sapos

Poucos filmes conseguem terminar de uma forma que o espectador sinta-se satisfeito e “Os Sapos” é um desses filmes. Protagonizado por Thalita Carauta, dirigido por Clara Linhart e com roteiro original de Renata Mizrahi, o filme, baseado na peça teatral homônima, gira em torno de um final de semana onde ocorreria um reencontro de amigos de escola em uma casa no meio do nada. “Porém, ao chegar lá, Paula (Thalita Carauta), uma mulher de 40 anos, descobre que cancelaram o encontro, mas não a informaram. Agora ela precisa esperar amanhecer para poder voltar para casa, uma tarefa que seria simples se a toxicidade dos relacionamentos de seus anfitriões não viesse à tona.

Quando falamos de estruturas de roteiro, uma das mais conhecidas é a do ser de outro mundo que chega em um local desconhecido, a estrutura do “peixe fora d’água”. Este filme não é apenas um exemplo desta estrutura, como compreende os elementos necessários para que ela se desenvolva. A personagem de Carauta se apresenta como uma mulher que busca um fim de semana tranquilo após algo grave ter ocorrido em sua vida. Porém, logo ela descobre que quando se está em um ambiente tóxico, mesmo que você não faça parte de tal relacionamento, é quase impossível não se afetar. O filme usa os relacionamentos de seus personagens como ponto de partida para criar reflexões sobre a moral e os limites de um relacionamento.

2. Atuação e Qualidade Técnica

Porém, uma boa história depende de personagens bem construídos. Neste filme, o grande destaque é o ator Paulo Hamilton, que transforma seu personagem conforme as necessidades do filme. Vemos ele em diferentes facetas para enganar o espectador junto com a protagonista, uma atuação brilhante.

Em contrapartida, um dos maiores defeitos do filme seja seu tempo. Por ser um filme curto e ter personagens carismáticos em situações vividas, acabamos por esperar por algo a mais, algo que não ocorre. Todavia, mesmo querendo mais cenas deste mundo e destes personagens, não é possível descrever o que acrescentar ou de fato o que falta ser dito, uma vez que a história completa seu arco e sua narrativa de forma competente.

Já a parte técnica aposta na simplicidade, deixando a beleza natural dos próprios cenários comporem a tela e encantarem o espectador. Os cenários acabam por servir como um personagem à parte que causa um relaxamento ao espectador, enquanto a história e as atuações se preocupam com o desconforto.

Conclusão

“Os Sapos” é certamente um filme que merece ser assistido em seu esplendor numa sala de cinema, não por sua história ou pela sua atuação, mas pelo carinho e o cuidado que os realizadores tiveram ao trazer uma história dramática de forma tão leve que se assemelha a uma comédia, mas sem tirar a seriedade das discussões. Uma comédia dramática em sua essência.

Lei também-12.12: o Dia | Critica


Hugo Montaldi

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