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Os Roses- Até que a morte os separe | Crítica

Baseado no livro de Warren Adler, a comédia satírica, estrelada por Benedict Cumberbatch e Olivia Colman, promete usar o humor para discutir questões de relacionamento e o papel do trabalho na família. Mas será que consegue?

Após ver sua carreira desmoronar no exato momento em que a de sua esposa alcança o estrelato, um casal impulsivo precisa lidar com a mudança de rotina enquanto enfrenta dilemas do trabalho e da família.

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O humor satírico de Os Roses

O humor britânico, diferente do norte-americano, destaca-se pela ironia e pelo exagero em situações do cotidiano. Dessa forma, o filme foca em ser o mais ácido possível e valoriza uma parte menos relevante da trama: o fato de ambos os protagonistas serem imigrantes nos Estados Unidos. As diferenças culturais deles afetam a visão de mundo ao longo da história, e embora essa parte seja menos explorada, ela continua presente e gradativamente ganha foco.

Outra característica que o filme aborda é a mudança de papéis. A família Rose era vista como perfeita até o momento em que o marido precisa cuidar dos filhos enquanto sua esposa cuida do sustento. O filme aborda facilmente temas como a cobrança por papéis de gênero e como a sociedade enxerga essas mudanças.

Excessos de personagens e falta de criatividade

Ainda assim, o filme tem um exagero em seu núcleo de atores secundários. Eles vão desde amigos de trabalho do marido até funcionários da esposa, psicólogos e vizinhos. Esse excesso, com exceção dos personagens de Andy Samberg e Kate McKinnon, que interpretam o estereótipo do casal mediano estadunidense, dificulta a nossa lembrança de quem é quem na história e, principalmente, a compreensão de sua relevância. Na maior parte do tempo, funcionam apenas como artifícios cômicos.

O filme peca por abordar os momentos catárticos de forma pouco criativa, usando o exagero na fala, mas não nas cenas, tornando a trama menos cômica

Conclusão

Os Roses – Até Que a Morte os Separe é um filme de comédia divertido que consegue trabalhar o humor satírico e emocionar os espectadores. O longa discute temas relevantes para a sociedade por meio de um casal que é, ao mesmo tempo, funcional e disfuncional. Ainda assim, peca pelo excesso de personagens e pela falta de criatividade com as imagens. Se por um lado ele é inventivo e afiado no texto, o mesmo não se reflete na imagem, o que é uma pena.

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Hugo Montaldi

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