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O Último Episódio: A Caverna do Dragão e o Cinema Mineiro

“O Último Episódio”, filme nacional que aborda os dilemas da adolescência, promete revelar o final do icônico desenho animado “Caverna do Dragão”, mas será que consegue?

Após mentir sobre possuir o último episódio de “A Caverna do Dragão” para a garota que está apaixonado, Erick precisa reunir seus amigos para produzir tal episódio.

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Sensibilidade e Excessos

A produtora mineira “Filmes de Plástico” vem conseguindo aos poucos conquistar seu espaço no cinema nacional. Suas produções, sempre feitas com sensibilidade, costumam apostar em histórias do cotidiano com poucas reviravoltas e muita emoção. “O Último Episódio” continua este legado, porém aqui, criando uma história de fácil identificação: a busca de um amor idealizado, a aprovação da amizade e o relacionamento de jovens descobrindo o mundo e seus empecilhos.

O longa trabalha cores vivas e se destaca principalmente pelos figurinos muito bem utilizados para representar os anos 1990. É fácil identificar o período de época e entender a evolução tanto dos personagens como da sociedade conforme a arte evolui ao longo da narrativa. Os desafios e os dilemas ainda são um ponto-chave para a trama, criando situações fáceis do público brasileiro se identificar e principalmente se relacionar, mesmo que de forma lúdica.

Porém, infelizmente, nem tudo é perfeito no longa de Maurílio Martins. “O Último Episódio” peca em seu excesso de narrações em off que acabam repetindo de forma falada o que estamos vendo em tela. Esta repetição causa desconforto em determinados momentos. O ritmo da história também é um problema, principalmente em sua metade, que, ao se estender, causa fadiga na tentativa de tornar a história mais complexa do que de fato ela se propõe a ser.

Conclusão

Apesar dos pontos negativos, “O Último Episódio” se mostra um filme, além de promissor, essencial para o cinema nacional. Um exemplo de que o bom cinema brasileiro não está somente no Rio de Janeiro ou em São Paulo, mas em todo o Brasil. Uma aventura divertida que encanta pela nostalgia e conquista pela identificação. É uma aventura e comédia adolescente, mas no bom estilo brasileiro.

Hugo Montaldi

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