Tron Ares O retorno de um clássico
Uma das franquias mais importantes da ficção científica e do cinema está prestes a voltar: Tron. A clássica saga da Disney receberá no dia 9 de outubro seu terceiro filme, desta vez protagonizado por Jared Leto, Evan Peters e com o retorno de Jeff Bridges.
Intitulado Tron: Ares, ele continuará os eventos iniciados no primeiro filme de 1982 e se passará anos após os eventos do segundo filme, de 2010. A trama seguirá um programa de computador enviado ao mundo real, marcando o primeiro encontro de uma inteligência artificial com uma inteligência humana.
Percebemos pelos trailers que a estética neon presente nos filmes anteriores se mantém, algo que, além de chamar a atenção, ajuda a criar o visual único que esta franquia possui.
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A importância tecnológica e o legado de Tron
Apesar de seu visual interessante, o público considerou o primeiro filme de Tron um fracasso, já que ele arrecadou apenas 33 milhões de dólares na época. Ainda assim, o filme original de Steven Lisberger é considerado um dos mais importantes da indústria do cinema, principalmente por ser um dos primeiros a tentar adaptar a estética dos videogames e, sobretudo, a fazer amplo uso de computação gráfica para criar os efeitos especiais.
Para se ter uma ideia, o longa original chegou a ser desclassificado da categoria de melhores efeitos especiais do Oscar por utilizar computadores para realizar seus efeitos, algo que a Academia considerou trapaça. Hoje, não existe um filme que concorra à categoria que não tenha passado por um computador.
O diretor Steven Lisberger exemplificou como os efeitos foram feitos ao afirmar, em entrevista à Variety, que :
“A forma como fizemos a computação gráfica é inconcebível para as pessoas hoje. Não havia movimento, computadores só conseguiam gerar quadros individuais. Não havia uma forma de colocá-los no filme digitalmente, então você colocava uma câmera em frente à tela do computador e filmava quadro a quadro”.
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O futuro da franquia
“Hoje, críticos e estudiosos reconhecem o filme original como um marco na transição do cinema, por separar o cinema analógico do digital. Mesmo sua continuação de 2010 se destacou por momentos icônicos e por uma atualização do visual clássico, rendendo músicas emblemáticas produzidas pelo Daft Punk. Além disso, ambos os filmes foram marcados por discussões sobre sociedade, tecnologia, inteligência artificial e outros questionamentos.
O legado de Tron é talvez um dos mais importantes do cinema, seja por sua importância histórica ou pela importância tecnológica. É uma franquia que, mesmo estando longe dos holofotes, merece seu reconhecimento. Agora, precisamos torcer para que este terceiro capítulo mantenha vivo este legado, e, principalmente, se precisaremos esperar mais 15 anos para um quarto filme.