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O Brutalista | Crítica

Genialidade na Narrativa de O Brutalista

Somente um gênio do cinema consegue contar uma história de mais de uma hora e meia de forma que não fique cansativa. “O Brutalista” talvez seja uma dessas histórias.

O filme, que concorre em 10 categorias no Oscar, apresenta a história de um homem que decide imigrar para os Estados Unidos em busca de novas oportunidades após a guerra assolar seu país. Ao longo do filme, vemos momentos deste arquiteto tentando mostrar sua visão enquanto se confronta com a ganância e as dificuldades impostas pela sociedade estadunidense.

Complexidade e Estilo Brutalista

Discutir “O Brutalista” talvez seja impossível de concluir, uma vez que Brady Corbet cria um filme ao mesmo tempo, épico e imersivo. Durante as quase quatro horas de duração, conseguimos ver não somente as facetas dos personagens e como elas se relacionam, mas também conceitos artísticos que, imersos na narrativa, exemplificam o movimento arquitetônico brutalista para criar toda uma narrativa que é ao mesmo tempo, bela e brutal.

Como no brutalismo, que se vale de formas geométricas simples e estruturas aparentes integradas ao ambiente, o filme apresenta personagens que, em sua simplicidade de atitudes, expõem as estruturas maquiadas da sociedade retratada.

Desta forma, as imagens focam em tons escuros e um aspecto datado, que, somadas às narrações do rádio, contextualizam os períodos que o filme retrata e as diferenças na forma como a sociedade enxerga esses imigrantes.

Outro ponto a se considerar é justamente o tempo. O filme possui um intervalo durante a história para separar os dois assuntos principais a serem discutidos: a chegada do imigrante e o sonho americano, e como este sonho é aos poucos deturpado. Esta separação, mesmo que justa, perde força quando a segunda parte apresenta uma história menos interessante que a primeira.

Conclusão

“O Brutalista” é um épico emblemático e merece o reconhecimento que está recebendo. Porém, as inúmeras camadas do filme impossibilitam debater e analisar todas com maestria. É um filme brutal que entrega uma boa experiência cinematográfica, mesmo que questionemos se ele realmente precisava das quase 4 horas de duração.

Leia também Capitão America Admirável Mundo Novo – é uma tragedia? | vale a pena assistir?

Hugo Montaldi

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