O Clássico Nosferatu e a Nova Abordagem de Robert Eggers
Durante a história do cinema, alguns monstros deixaram de ser personagens e se tornaram ícones da indústria. Nosferatu é um desses exemplos. O filme original de 1922 é até hoje reverenciado como um marco na ficção de terror, embora com outras versões posteriores, nenhuma chegou a grandeza do original.
Assim sendo, Robert Eggers, que assina a direção e o roteiro, decidiu buscar outra abordagem em seu filme. Ele, que já é conhecido por filmes como A Bruxa, entretanto sua aposta é numa homenagem ao clássico e não num remake propriamente dito. O filme utiliza atuações teatrais, características do início do cinema, fotografias e maquiagens que, mesmo coloridas, buscam simular o preto e branco, além de um uso bem definido de CGI em momentos específicos. Como resultado, Nosferatu de 2024 acaba por funcionar como homenagem, mas como um filme independente propriamente dito perde força na história que está querendo contar.
Elementos Narrativos e Técnicos no Nosferatu de 2024
Quando Nosferatu surgiu, seus realizadores queriam produzir um filme de Drácula. Porém, como seus direitos ainda não haviam caído em domínio público, isso os obrigou a criar um novo monstro. Este filme, por sua vez, mistura elementos dos dois monstros em sua história para criar uma relação entre a toxicidade de um relacionamento, a falta de diálogo em uma relação e, claro, o preconceito e as superstições que assolam o homem. Estes vários elementos de discussão dos tempos atuais que conseguem ser correlacionados à mensagem do filme.
Conclusão
Robert Eggers conseguiu criar uma boa homenagem ao icônico monstro do cinema, servindo de ponto de partida para uma nova geração conhecer sua mitologia. Um filme competente que cumpre sua função, mesmo que ainda seja inferior ao filme que mudou a história do cinema em 1922.