Estreia do Filme sobre Maria Callas
O filme com Angelina Jolie, baseado nos últimos dias da vida da lendária musa da ópera Maria Callas, estreia nos cinemas brasileiros no dia 16 de janeiro. O longa vem aparecendo nas premiações de cinema, tem a tarefa de homenagear a memória de Callas enquanto apresenta para público o universo das óperas.
Para discutirmos sobre este filme, primeiro precisamos entender quem de fato foi a mulher que o filme tenta homenagear. Callas foi uma cantora soprano greco-americana, considerada uma das vozes mais belas e importantes de sua época. Devido ao seu temperamento e sua forma de lidar tanto com o público quanto com a imprensa lhe deram o apelido de “La Diva”. A cantora, afastada do palco há alguns anos e vivendo em isolamento, faleceu em 1977, após um infarto.
Interpretação de Angelina Jolie
Neste contexto, Angelina Jolie interpreta Callas em sua última semana de vida, mostrando a depressão, os vícios e as aflições que sucederam ao fatídico momento. Porém, o brilhantismo do filme não se dá na interpretação da protagonista, mas nas escolhas estéticas da direção, que utiliza várias formas de linguagem cinematográfica, misturando cenas em preto e branco e coloridas, filmagens que parecem tiradas de câmeras antigas, e uma escolha de figurinos e cenários que cumprem a função não só de homenagear uma ópera, mas de tornar o filme em uma ópera.
Porém, mesmo o filme sendo uma ópera, ele acaba por alongar demais seu encerramento, sofrendo de um excesso de repetições de informação, criando uma barreira que pode torná-lo enfadonho para determinados públicos.
Conclusão
Mesmo que Jolie nitidamente não cante as músicas que o filme está representando, a obra cumpre sua função de homenagem e apresenta uma atuação competente o suficiente para as premiações de cinema ao redor do mundo. Todavia, principalmente devido à forma de execução de seu desfecho, pode não ser o filme adequado para todos os públicos.
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