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Lobisomem | Crítica

O Reboot de Lobisomem

O reboot de Lobisomem é o novo filme de Leigh Whannell (O Homem Invisível) pela Universal Pictures que tenta reinventar o clássico do terror.

Os filmes de monstros da Universal influenciaram o cinema; vários diretores e cineastas se inspiraram nos filmes dos anos 1940. Graças ao seu elenco recorrente e à interação entre os filmes, o universo tornou-se o primeiro exemplo de universo compartilhado de filmes.

Após uma tentativa falha de reinício com A Múmia em 2017, este filme anunciado em 2014 finalmente reimagina o clássico de 1941.

A Nova Abordagem

Acompanhamos na história, um homem que viaja com sua esposa e filha para a distante fazenda de seu pai, quando descobre que ele havia falecido. No entanto, estranha criatura, logo começa a atacá-los.

Diferente de outras versões do monstro, o diretor de O Homem Invisível (2020) escolhe aqui uma abordagem nativo-americana, em vez de basear-se em lendas europeias. Isto pode causar estranhamento para quem imaginaria uma adaptação fiel do monstro clássico do cinema. Esta abordagem talvez seja um dos exemplos mais ousados de adaptação feita de forma positiva. Ao buscar uma referência nativo-americana, o diretor se desprende de amarras e cria imprevisibilidades que ajudam a guiar o espectador a este novo universo.

A fotografia acerta ao usar filtros e luzes verdes e azuis com preto, criando o clima visual necessário e referenciando o clássico. Enquanto isso, o filme explora o silêncio, usando poucas músicas e uma abundância de ruídos do ambiente para impactar o espectador.

Todavia, todo o primor técnico não se estende às atuações, que apresentam personagens desinteressantes e pouco carismáticos, principalmente no casal principal Christopher Abbott e Julia Garner.

Conclusão

Se em O Homem Invisível Whannell usou o clássico monstro para discutir o relacionamento abusivo, aqui a abordagem é parecida, mas a discussão é o término de um casamento, que acaba ficando em segundo plano, quando o roteiro, fotografia e efeitos especiais parecem mais preocupados em fazer algo visualmente deslumbrante, com uma maquiagem competente, do que de fato discutir quem são esses personagens e seus objetivos.

Para os fãs do universo de monstros, o filme se apresenta como um entretenimento simplório; já para os apaixonados pelo terror, o filme consegue ser até competente, mas acaba por ser uma grande promessa que pode não alcançar a todos.

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Hugo Montaldi

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