Kasa Branca | Crítica
“Kasa Branca” tem sido um dos filmes queridinhos no circuito de festivais. A obra de Luciano do Vidigal, inspirada em uma história real, tem a proeza de encantar os espectadores com uma história simples e bem executada.
Um neto cuida de sua avó com Alzheimer, buscando recursos com amigos para sobreviver. O filme é uma carta de amor à memória e à família. Uma verdadeira carta de amor à memória e à família.
A atuação em Kasa Branca
Talvez a maior surpresa do filme esteja em seu protagonista, Big Jaum, o jovem comediante carioca que ficou famoso na internet fazendo piadas com seu peso. Aqui, apresenta um personagem que é tudo, menos engraçado. Seu papel, que poderia ser o alívio cômico da história, é mais um exemplo de como comediantes conseguem desempenhar bem papéis dramáticos quando necessário.
Porém, não podemos discutir atuação sem nos referirmos à veterana Teca Pereira. Sem dizer uma única palavra, apenas com seu olhar, consegue transmitir a emoção necessária para que o público caia em prantos na sala de cinema.
Todavia, o filme possui pequenos problemas, que não atrapalham a experiência, mas que não podemos ignorar. Para contextualizar o protagonista, personagens da comunidade são inseridos, pausando a história principal em alguns momentos para focar neles. Ao fazer isso, a história cria uma angústia, afinal, por mais interessantes que eles sejam, não é necessariamente neles que queremos prestar a atenção.
Quanto à qualidade técnica, o filme funciona como um exemplo de que não é preciso efeitos especiais mirabolantes, uma fotografia imersiva ou mesmo construir uma nova tecnologia para se contar uma boa história. Um bom roteiro, uma atuação competente, um diretor com uma visão bem definida e uma equipe alinhada é mais do que suficiente para se fazer um bom filme.
“Kasa Branca” não é o melhor filme brasileiro de todos os tempos, e ele nem se propõe a isso, mas certamente será um dos melhores que você irá assistir nas salas de cinema em 2025
Leia também-12.12: o Dia | Critica
