A icônica franquia de comédia policial Corra que a polícia vem aí voltou, desta vez com Liam Neeson assumindo o papel do sargento Frank Drebin Jr. O filme promete resgatar o estilo besteirol que marcou época no cinema — mas será que consegue manter o charme e o humor característico da série original?
Humor reinventado: entre o legado e a novidade
Na trama, após um grande roubo a banco, um corpo é encontrado em um acidente de carro suspeito. Drebin Jr. precisa conectar os crimes e provar que é digno do legado de seu pai, enquanto investiga o misterioso “Dispositivo Plot”.
Liam Neeson, conhecido por seus papéis de ação, surpreende ao explorar sua veia cômica. Assim como Leslie Nielsen, que também enfrentou dúvidas ao assumir o humor pastelão, Neeson mostra que foi feito para a comédia. Com o toque irreverente de Seth MacFarlane (Family Guy), o filme entrega uma continuação que respeita o original e ainda serve como reimaginação para novos públicos.
Entre piadas e homenagens: o desafio da comédia besteirol
Apesar do ritmo acelerado e da abundância de piadas visuais e verbais, o excesso pode cansar quem não está familiarizado com esse tipo de humor. Pamela Anderson surpreende ao contribuir com a química romântica do filme, equilibrando o absurdo com momentos mais sutis. A produção também presta homenagem aos clássicos filmes de detetive noir, adaptando-os com inteligência para os tempos atuais.
Conclusão
Corra que a polícia vem aí funciona como comédia e como filme. Respeita o legado dos antecessores em quanto abre espaço para uma nova geração. Embora possa parecer mais fraco em comparação aos originais — muito por conta da nostalgia —, como porta de entrada para o gênero, é competente e necessário
