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Código Preto | Crítica

Com um elenco estelar, Código Preto é o novo filme de Steven Soderbergh, que promete ser um thriller de espionagem. Mas será que cumpre essa promessa?

História


O subgênero de filmes de espionagem enfrenta um desafio: ou o filme é excelente, ou deixa a desejar. Conhecendo essa questão, o roteirista David Koepp criou uma história que, apesar de envolver espiões, foca mais na desconfiança entre um casal. Acompanhamos um agente secreto que suspeita que sua esposa está traindo o país. Ele precisa decidir o que é mais importante: sua fidelidade à esposa ou à nação. Assim, começa uma investigação que introduz suspeitos, cria conflitos e desvia o espectador para que ele não descubra a verdade antes do protagonista. Essa tática seria mais eficaz se a lista de suspeitos não fosse revelada na primeira cena. Isso não arruína a experiência, mas diminui o potencial narrativo. Ainda assim, essa abordagem evita “barrigas” na história e permite uma melhor exploração dos personagens secundários, mesmo que não fosse necessário.

Elenco


O elenco de estrelas chama a atenção, especialmente com o ex-James Bond, Pierce Brosnan, como o chefe dos espiões. Além disso, Cate Blanchett e Michael Fassbender interpretam o casal protagonista. A abordagem metódica de Fassbender cria um agente secreto diferente do habitual. Somada à atuação imponente de Blanchett, a dupla funciona tanto como casal quanto como colegas de trabalho. Porém, a atriz Marisa Abela rouba a cena, não pela qualidade técnica, mas pelo fato de seu personagem ser o mais interessante do filme.

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Direção


Steven Soderbergh conduz bem seus atores e toma decisões importantes para criar tensão na narrativa. No entanto, sua escolha estética deixa a desejar, com o uso excessivo de imagens desfocadas e iluminação exagerada para incomodar o espectador. Essas escolhas limitam a visão dos gestos e expressões faciais dos atores, dificultando a empatia com os personagens. Por outro lado, isso contribui para o suspense sobre “quem está mentindo”.

Conclusão


Código Preto é um filme interessante no gênero de espionagem, mas pode não agradar a todos. Ele foca mais na interação dos personagens e na investigação do que na ação. Ideal para quem aprecia diálogos e personagens complexos, mas se você procura ação no estilo 007, é melhor repensar sua escolha.


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Hugo Montaldi

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