1. A Essência de Chico Bento e Sua Adaptação Cinematográfica
Poucos filmes que assisti em 2024 me fizeram sentir tão bem ao sair da sala de cinema. Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa é um desses filmes. Inspirado no icônico personagem de Mauricio de Sousa, o filme é dirigido por Fernando Fraiha, que também foi produtor do filme Turma da Mônica: Laços. Agora na direção, ele tem a tarefa de trazer vida ao jovem caipira mais amado do Brasil.
Chico Bento é um daqueles personagens que, mesmo que você nunca tenha lido uma de suas histórias, você certamente o conhece. Imaginar Chico como uma pessoa real parece, à primeira vista, difícil. Porém, se lembrarmos que anos atrás tivemos a mesma ideia com outros personagens de Mauricio, então hoje, o estreante no mundo do cinema Isaac Amendoim, não precisa se preocupar. Ele precisa somente se divertir vivendo o personagem, e o que o resultado do filme mostra é que ele de fato se divertiu.
2. Enredo e Aspectos Técnicos do Filme
A história gira em torno de Chico Bento, um menino levado da roça que descobre que estão querendo derrubar a árvore de goiaba que ele tanto gosta de subir (e, claro, pegar sua fruta preferida) a fim de construir uma estrada para o chamado “progresso”. É uma história que consegue equilibrar emoção, diversão e lições valiosas sobre o meio ambiente para crianças e adultos.
Quanto à parte técnica, o filme aposta no seguro na montagem e na forma de compor as músicas na trama, provando que a simplicidade ainda é a melhor forma de se contar uma boa história. Todavia, a simplicidade não se mantém na fotografia, que usa de recursos visuais e cores saturadas a fim de, ao mesmo tempo, compor um ambiente realista e lúdico, como referência à mídia original destes personagens. Como resultado, cenas-chave acabam com um visual às vezes incômodo, principalmente em cenas que, se fossem presas à simplicidade, ganhariam mais impacto.
Conclusão
Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa ainda se mostra uma aventura competente e divertida que deve agradar tanto os adultos como encantar as crianças. É mais um excelente lembrete de que o cinema brasileiro existe e resiste