Após filmes duvidosos, a Marvel parece estar começando a se organizar, e “Capitão América: Admirável Mundo Novo” se apresenta justamente como um filme de transição.
O Novo Desafio de Capitão América
O ex-Falcão aprende a ser um herói e símbolo de um país, em um mundo politicamente dividido, quando o filme começa.
Talvez a frase que melhor defina este filme seja “jogar no seguro”. Aqui, o filme não está interessado em discutir a política externa estadunidense, mesmo que seus personagens e metáforas sobre o tema sejam apresentados. Da mesma forma, não quer discutir de fato o quão importante um símbolo pode ser para um país, mesmo que, novamente, este tema seja introduzido.
O filme se torna ainda mais seguro com uma qualidade técnica inconsistente entre as cenas, evitando causar impacto e emoção ao espectador. Os realizadores construíram bem as cenas de luta e embates dos heróis, tornando-os o verdadeiro espetáculo do filme
A Mitologia e as Atuações
A Mitologia dos filmes da Marvel, também é resgatada. Vilões introduzidos no filme esquecido “O Incrível Hulk” de 2008, a se aproveitar das subtramas esquecidas de “Os Eternos” para deixar ganchos que podem ser futuramente explorados quando os X-Men forem introduzidos neste universo.
Quanto às atuações, como tudo no filme foca no seguro, Anthony Mackie, mesmo apresentando um Capitão América mais violento como forma de justificar sua ausência de poderes, não apresenta nada verdadeiramente novo que não tenhamos visto em sua fase como Falcão. Já Harrison Ford aposta no seu velho estilo de “atuação de saco cheio, só quero meu dinheiro e ir para casa”.
Conclusão
“Capitão América: Admirável Mundo Novo” certamente está longe dos sucessos da Fase 1 deste universo, porém nem tenta ser um filme minimamente genial. Ele se contenta em ser uma diversão de fim de semana, juntamente com um filme de transição entre um passado turbulento do estúdio e um futuro de esperança que pode ocorrer nas próximas produções. É certamente um filme cômodo que cumpre sua função.
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