Novo Filme de Robert Zemeckis: “Aqui”
Com estreia no dia 16 de janeiro nos cinemas, “Aqui” é o novo filme de Robert Zemeckis (De Volta para o Futuro) e Tom Hanks (Forrest Gump). O filme é uma adaptação do quadrinho de mesmo nome do autor Richard McGuire. Consideram Zemeckis um diretor inventivo; ele moldou a imaginação dos fãs de cinema com seus trabalhos em De Volta para o Futuro e Forrest Gump. Em “Aqui”, as regras de movimento do cinema são subvertidas por ao apresentar um filme com um único ponto de vista. Um espaço no meio do nada, onde posteriormente uma casa será construída, e a vida das pessoas que ali residem é mostrada aos espectadores, que são convidados a observar.
O filme é feito de forma não linear, intercalando o presente, o passado e a pré-história, porém sem movimentar a câmera ao longo do filme. Ao invés disso, somos apresentados a janelas que surgem conforme necessário, guiando o olhar do espectador para o que de fato importa ser visto.
A Experiência de Assistir “Aqui”
A experiência de assistir “Aqui” é talvez a experiência cinematográfica que melhor se assemelhe à leitura de um quadrinho, principalmente quando os personagens, por mais interessantes que sejam, não são tão protagonistas quanto o local em si. Tom Hanks, Kelly Reilly e Paul Bettany brilham em seus papéis, mas é justamente o cenário, as ambientações e os figurinos que chamam a atenção. Cada adereço de cena possui um porquê, e o espectador consegue entender esse porquê conforme as histórias mudam e as emoções são construídas.
Todavia, um divisor de opiniões seja justamente a computação gráfica do filme. Haverá quem defenda e quem ataque, porém, os efeitos de computador, mesmo que ajudem a construir seu charme e a trazer um Tom Hanks rejuvenescido, também são responsáveis por colocar o espectador em confronto com cenários que, mesmo belos, ficarão datados na história do cinema. Porém, nenhum divisor de águas será tão grande quanto o encerramento, que abre mão da estética filme a fim de tentar trazer uma emoção desnecessária.
Conclusão
Este é um filme brilhante em sua essência, uma ideia simples e bem adaptada para as telas do cinema. Um filme que faz o espectador se apaixonar pelos seus personagens, mesmo que alguns não mereçam tanta simpatia ou mesmo sejam pouco explorados. É mais um exemplo de como Robert Zemeckis, apesar do tempo, continua sendo um diretor inventivo.
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