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22ª edição do CINEMATO: Uma celebração do cinema amazônico e da resistência cultural em Cuiabá

De 14 a 20 de julho, Cuiabá se transforma no epicentro do cinema brasileiro com a 22ª edição do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá – o tradicional CINEMATO. Com entrada gratuita e uma programação vibrante, o festival reúne 62 filmes de 19 estados brasileiros, reafirmando seu papel como um dos mais importantes e longevos festivais do país.

Um olhar sobre a Amazônia

Com o tema “Decolonizando a Amazônia”, o festival propõe uma reflexão urgente e necessária: quem tem contado as histórias da floresta? E como podemos reverter séculos de narrativas coloniais que invisibilizaram povos, culturas e saberes amazônicos?

A homenagem ao cineasta Silvino Santos, pioneiro do registro audiovisual da região, é um dos pontos altos da edição. Seu documentário restaurado Amazonas, o Maior Rio do Mundo (1918–1920) abre o festival com trilha sonora ao vivo — uma verdadeira viagem no tempo e na estética do cinema silencioso.

Mostras, diversidade e protagonismo

A programação é ampla e diversa: mostras competitivas de curtas e longas, sessões especiais como Cinema Escola, Melhor Idade, Cinema Paradiso e a potente Sessão Queimada Cuiabana. A curadoria priorizou obras com protagonismo de grupos historicamente marginalizados, diversidade estética e conexão com o tema amazônico.

Entre os destaques da Mostra Competitiva de Longas estão:

  • Mawé (AM), sobre o conflito de uma jovem indígena entre tradição e cidade;
  • Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta (RJ), mergulho no pensamento yanomami;
  • O Silêncio das Ostras (MG), um ensaio sensorial sobre luto e meio ambiente

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Prêmio Dira Paes e o poder feminino no audiovisual

No encerramento, a atriz Dira Paes entrega o prêmio que leva seu nome a uma personagem feminina de destaque no audiovisual e em causas socioambientais. Um gesto simbólico que reforça o papel transformador das mulheres na cultura e na luta pela preservação da Amazônia.

Muito além da tela

Mais do que exibir filmes, o CINEMATO forma plateias, capacita profissionais e impulsiona o cinema mato-grossense. Como diz Luiz Borges, coordenador do festival há mais de 30 anos:

“As dificuldades são muitas, mas as conquistas nos motivam a seguir. O CINEMATO é resistência.”

Se você estiver em Cuiabá, não perca essa oportunidade de viver o cinema brasileiro em sua forma mais potente, plural e necessária. E se estiver longe, vale acompanhar a repercussão e refletir: que Amazônia estamos vendo — e quem está por trás da câmera?

Hugo Montaldi

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